Se para muitos o ano só começa depois do Carnaval, no âmbito econômico a situação é diferente, sobretudo, em tempos de crise. JF 2020 o clima é de uma verdadeira corrida contra o relógio para promover mudanças que ofereçam um cenário mais favorável à geração de emprego e renda.

Neste aspecto de urgência, a economia da Zona da Mata tem sido pauta de uma agenda permanente entre Poder Público, lideranças setoriais e instituições de pesquisa.

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O encontro mais recente ocorreu na última quarta-feira (19), realizado entre representantes do Governo de Estado e da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF).

 JF Em 2020 ‘Começa’ Com Otimismo E Ações Que Visam Ao Desenvolvimento Regional 01 de março de 2020

Expansão dos Negócios

Para estes agentes, a atração de novos investimentos para a cidade e a criação de um ambiente que propicie a expansão dos negócios já instalados são fundamentais para o desenvolvimento local que, depende, ainda, do fortalecimento econômico dos demais municípios da região.

Sobre a prospecção de novos negócios, a informação da Agência de Promoções de Investimento e Comércio Exterior de Minas Gerais (Indi-MG) é que ainda não houve, em 2020, assinatura de protocolos de intenção de empresas interessadas em Juiz de Fora.

“Mas a cidade está concorrendo com outros municípios em vários projetos que estamos buscando para o Estado”, afirma o diretor de cadeias produtivas de base natural, Ronaldo Alexandre Barquette. Sem informar quais seriam os projetos, ele avalia que a vocação econômica local garante boa estrutura para o recebimento de empresas dos setores automotivo, aeroespacial, metal-mecânico, logística e ciências da vida.

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Destacando que o Indi-MG apresenta as possibilidades, mas a decisão final sobre o local de instalação é da empresa, Barquette caracteriza como “excelente” o potencial da cidade.

Porto Seco

Decerto “O Porto Seco é um grande diferencial. Temos, ainda, terrenos disponíveis, um sistema elétrico fantástico, gasoduto, ferrovia”, enumera. “A cidade é do lado do aeroporto regional e está muito próxima do Rio de Janeiro, que também tem o porto.

A economia conta com arranjos produtivos locais, como o da cerveja artesanal, um setor metal-mecânico forte e um mercado consumidor que engloba municípios da Zona da Mata e do estado do Rio.”

No entanto, ele ressalta que a realidade regional pode ser um entrave para o desenvolvimento local. “JF 2020 é uma ilha desenvolvida localizada em uma área carente.

Embora a quantidade de pessoas de fora que dependem da cidade, principalmente na área da saúde, cria uma sobrecarga”, analisa. “É preciso apoiar o fortalecimento econômico dos municípios vizinhos. Por isso, os esforços estão sendo realizados para desenvolver a Zona da Mata como um todo.”

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Conforme dentre as iniciativas em prol do desenvolvimento regional está a criação da Plataforma de Bioquerosene e Renováveis da Zona da Mata. A proposta é que, em 2031, a região esteja produzindo cerca de 230 milhões de litros de bioquerosene de aviação.

No dia 2 de abril, o Governo de Estado irá realizar um evento para a divulgação da Plataforma de Bioquerosene.

Indústria ganhará agenda de inovação

O ano de 2019 não foi fácil para a indústria. Logo no início, o rompimento da barragem da Vale na Mina do Córrego do Feijão. Em Brumadinho, trouxe impactos diretos para toda a cadeia da mineração. Posteriormente, JF 2020 acompanhou a redução das atividades da Mercedes-Benz e a desistência do projeto da M. Dias Branco.

Responsável por empregar 19.758 trabalhadores e movimentar cerca de R$ 44 milhões por mês em salários, o setor possui grande relevância para a economia local, mas vem enfrentando um histórico de altos e baixos nos últimos anos.

A principal proposta do Município para o setor, em JF 2020, é fortalecer as empresas já instaladas na cidade a partir da criação de uma agenda de inovação. Assim que ofereça capacitações sobre como realizar a transferência de recursos para a aplicação em pesquisa.

Lei do Bem

“É uma ação de curto prazo e perene. A ideia é promover eventos para levar informações sobre a Lei do Bem, que garante esta possibilidade aos empresários. Embora porém ainda é desconhecida por muitos”, informa o secretário Rômulo Veiga.

A Lei 11.196/05, chamada de Lei do Bem, prevê o abatimento no recolhimento do Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas. Embora para empresas de qualquer área que invistam em pesquisa, desenvolvimento e inovação.

“É uma iniciativa muito interessante, pois promove a renda dentro do município”, explica Rômulo. Segundo ele, as primeiras capacitações sobre o assunto irão ocorrer ainda no primeiro trimestre do ano.