O governo anunciou que vai abrir uma linha de crédito emergencial para pequenas e médias empresas financiarem folha de salários.

O programa demandará R$ 40 bilhões e será custeado em maior parte pelo Tesouro Nacional.Assim sendo o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou que o programa foi formulado pela autoridade monetária, pelo Ministério da Economia e pelo BNDES.

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Pequenas E Médias Empresas Terão R$ 40 Bi Para Pagar Salário 28 de março de 2020

Segundo ele, o programa vai ser destinado exclusivamente para pequenas e médias empresas, que faturam entre R$ 360 mil e R$ 10 milhões por ano e se destina só para financiamento de folha de pagamento.Segundo Campos Neto, o programa tem potencial para contemplar cerca de 12 milhões de pessoas e 1,4 milhão de empresas.

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Pequenas e médias empresas

Do montante, R$ 17 bilhões mensais serão financiados via recursos do Tesouro, e o restante virá do próprio setor bancário. No total, serão R$ 34 bilhões dos cofres públicos.

Entretanto as pessoas envolvidas na discussão dizem que a decisão de fazer o anúncio nesta sexta (27), mesmo sem a iniciativa estar pronta para ser enviada ao Congresso, foi política.

Contudo isso, o governo tenta conter críticas crescentes sobre o ritmo de apresentação de medidas econômicas contra a crise do novo coronavírus.”

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O programa vai financiar até dois salários mínimos por empregado. Se a pessoa ganhar mais que isso, o crédito só vai contemplar o limite estabelecido, podendo a empresa complementar a remuneração. Toda empresa que aceitar não poderá demitir funcionários por dois meses. “O dinheiro vai direto para a folha de pagamento, a empresa fica só com a dívida”, disse.

“Embora estará em contrato [que não pode haver demissão por dois meses] e o dinheiro vai direto para o funcionário. Então, se ele for demitido, a empresa terá de arcar com os custos e não receberá o recurso”, completa.

O BC afirmou que o arranjo operacional está em discussão, mas o BNDES teria o papel de repassar os recursos do Tesouro para os bancos.

Assim sendo as  instituições financeiras serão responsáveis pela concessão do crédito, com todos os custos operacionais. O financiamento terá spread zero –ou seja, a taxa de 3,75%. O empréstimo terá seis meses de carência e será dividido em 36 parcelas. O dinheiro vai direto para o CPF do empregado.