O projeto ‘Aqualuz’, que trata da água de cisterna captada tecnologia pela chuva no semiárido baiano, com baixo custo. Sendo assim foi o tema da entrevista com a jovem cientista Anna Luísa Beserra, no programa ‘Isso é Bahia, da rádio A TARDE FM.

Durante a conversa com os apresentadores Jefferson Beltrão e Fernando Duarte, ela explicou como atua no desenvolvimento de projetos para levar água para população necessitada.

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Questionada como surgiu o interesse pela ciência, Anna Luísa, que tem 22 anos, explicou que desde criança tem interesse pela área. “Eu não tenho um ponto de partida, porque desde de criança sempre gostei de ciências e imaginava sendo uma cientista tecnologia no futuro. Brincava que eu era cientista, fazendo experimento”, pontuou.

Tecnologia Trata Água De Cisterna No Semiárido 03 d emarco de 2020

Condição de Vida

Sobre o projeto que desenvolve, que contribui com a população da Bahia e de outros estados para que tenham melhor condição de vida. Portanto a cientista afirma que a ideia do dispositivo surgiu ainda na adolescência.

“Vi um cartaz do ‘Jovem Cientista’ do CNPQ (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que o tema era ‘Água’. Naquela mesma época, eu estava estudando como era grande e grave o problema da seca e da falta de acesso à água aqui no nosso semiárido, que estava tão próximo de mim, apesar de eu ser nascida e criada em Salvador e nunca ter passado por esta necessidade.

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Então, unindo a minha vontade de ser cientista e fazer alguma coisa para mudar o mundo, com esta oportunidade de participar do prêmio sobre água, tentei buscar alguma tecnologia que realmente fosse viável, porque a gente sabe que existem tecnologia para água a rodo, só que a maioria delas não são voltadas para o público que está lá isolado, sem acesso muitas vezes a energia.

Então, meu ponto de partida foi achar alguma coisa que realmente pudesse ser viável para aquela região”, ressaltou.

Agualuz

O dispositivo ‘Agualuz‘, premiado pela Organização da Nações Unidas (ONU), atua na desinfecção de água de cisterna de captação de água de chuva através da radiação solar. O projeto é uma alternativa para independência de acesso à água potável a quem mais precisa na zona rural.

“No semiárido existe uma tecnologia chamada ‘cisterna’, que ela faz captação e armazenamento de água de chuva, e isso já garante uma qualidade de água muito boa para população quando chove, claro.

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Só que por alguns problemas de manutenção e até o pessoal, algumas vezes não consegue fazer a limpeza adequada da cisterna, essa água termina recebendo contaminações microbiológicas, que são as bactérias e vírus, que causam doenças.

Então, partindo dessa situação que existe a cisterna, com água de chuva, mas que tenham a contaminação exclusivamente microbiológica, o sol, a radiação solar, o ultravioleta, o infravermelho que vão matar esses microganismos”, afirmou.

Alcance

Segundo Anna Luisa, o intuito é ampliar o atendimento no semiárido e alcançar mais pessoas. “Nós já atendemos mais de 250 famílias aqui no Brasil, em cinco estados. A ideia é que a gente consiga atender mais de um milhão de famílias, que é mais ou menos, o número de cisternas que tem aqui no semiárido brasileiro”, explicou.

O projeto atualmente está com uma campanha que visa disponibilizar o tratamento de água fora do país e melhorar a vida da população africana. A cientista informou que a campanha é para levar água de qualidade para Madagascar.

“Agora a gente está com uma campanha lançada para África. Este ano, a gente pretende ir pelo menos para Madagascar, uma comunidade muito carente que não tem água nem para tomar banho.

A gente esta com esta campanha aberta para quem quiser contribuir, essa STW for África. Podem achar no Instagram e também através do nosso site. A campanha está aberta no Kickante, que é para levar água potável para África”, finalizou.